quinta-feira, 30 de setembro de 2010

(des)ilusão [part1]

- casa comigo! - disse-lhe eu
- eu caso contigo, quero passar o resto da minha vida a teu lado. - respondeu-me ele
nesse momento encheu-me de emoções, felicidade e fantasias. acreditei, sinceramente, naquelas palavras. achei que seria para sempre. pela primeira vez na vida amei verdadeiramente.
dizia-lhe o mesmo todas as noites antes de ir dormir. ele respondias-me quase sempre a mesma coisa, mas com o tempo as palavras pareciam perder o significado... não sentia que ele ainda me amava, parecia tudo ter mudado.
com tudo isto, fiquei super intrigada e já nem dormia à noite. parecia uma pessoa sem alma, já não sentia o meu coração bater como dantes. passava as noites a chorar.
ainda não tinha ganho coragem para o enfrentar, vivia com aquela angustia enorme dentro de mim.
sentia-me traída, pensei o quão ingénua tinha sido ao acreditar verdadeiramente naquelas palavras, sendo eu ainda uma adolescente. não queria mais viver, queria recuar no tempo ou acabar definitivamente com aquele sofrimento.
achei que estava na hora de resolver o problema que tinha destruído a minha vida e auto-estima. combinei ir ter com ele, já nem tinha gosto para escolher roupa.. escolhi as primeiras coisas que me aparecem à frente.
quando o vi fiquei super nervosa, uma lágrima teimou em cair e esbocei um sorriso super forçado. tentei que ele não se apercebesse de nada, mas foi impossível, o meu desconforto notava-se à distância.
- o que se passa? - estranhou logo ele
- sinto-te distante, as tuas palavras parecem já não ter significado e já não sinto que me amas, parece tudo tão falso.. - respondi-lhe eu
- nada disso, não passam de coisas da tua cabeça, eu amo-te tanto como no primeiro dia do nosso namoro!
eu apenas sorri, mas continuava com dúvidas do sentimento dele por mim.
no caminho para casa passei pelo jardim e eu não acreditava no que estava a ver.. o meu mundo tinha desmoronado completamente. ele estava a beijá-la como se nada fosse, como se eu não existisse!
o que eu devia ter feito? ir lá e resolver tudo, mas não fui capaz, fugi, fui para casa chorar!
(continua..)

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