domingo, 14 de outubro de 2012

Encontro-me neste momento com 35 anos, estou casada e com dois filhos (a minha felicidade, sem dúvida a melhor recompensa de ser mulher).
Este ano vim passar as minhas férias à cidade onde passei a minha adolescência, onde vivi até aos meus 16 anos.
Ela mudou muito, cresceu, evoluiu, já nem parece a mesma. Antigamente era uma cidade calma, neste momento é uma cidade agitada e stressante.
Durante o meu passeio à descoberta da cidade, neste momento desconhecida, encontro a minha antiga escola, onde amei, onde sorri, onde chorei, onde conheci pessoas que pensei que ficariam para a vida...
É neste preciso momento que olho para aquele banco e me lembro dele, me lembro do meu primeiro grande amor, que me lembro do dia onde prometemos amar-nos para toda a vida, lá estava ele, exactamente da minha altura, com sua t-shirt verde, com o seu sorriso encantador e dizer-me 'és a mulher da minha vida'. Aquele banco, era o nosso banco, onde nós passávamos os nossos intervalos, onde tirámos tantas fotos, banco que pensei nunca mais voltar a ver. Ao lembrar-me de tudo isto lágrimas me vem aos olhos, um dia eu pensei que seria com ele que iria formar uma família, casar, ter filhos e envelhecer ao seu lado. Ainda me lembro do sabor dos seus lábios, do seu cheiro, do encaixe da sua mão na minha. Pergunto-me o que é feito dele...


(ideia do trabalho de Francês sobre autobiografia)
Catarina Morais,
14.10

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